sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Resenhas

A Bruxa de Ferro -  Resenha
Editora: UnderWorld
Autora: Karen Mahoney
Título Original: The Iron Witch
Páginas: 206
Avaliação: ★★★

Esquisita. 

Era assim que chamavam Donna Underwood, 17 anos, no colégio depois de um horrível ataque de encantados matar seu pai quando ela era criança. Seus ferimentos e a reabilitação resultaram em força aumentada pela magia, graças às tatuagens de ferro em seus braços e nas mãos. Como filha de alquimistas, ela é abençoada e amaldiçoada, ao mesmo tempo, por uma herança de magia que não deixa muito espaço para garotos, festas e lições de casa. Agora, depois de dez anos desejando uma vida normal, ela finalmente é forçada a aceitar seu papel na guerra de séculos contra os mais sombrios proscritos do povo encantado: Os Elfos das Trevas. Agora Donna vai ter que correr para salvar a vida do melhor amigo – mesmo que para isso tenha que trair um dos maiores segredos do mundo e enfrentar justamente aquilo que destruiu sua família.

A Bruxa de Ferro trás mais um livro com "Encantados" como temática às prateleiras das livrarias. Ultimamente, principalmente depois do lançamento de O Rei do Ferro, os encantados entraram em cena de vez. Apesar de já conhecer o tema depois de ler os livros da autora Holly Black, pouco divulgados aqui no Brasil, mas de muito boa qualidade e conteúdo, nunca é demais mais para mim mais um livro como esses para ler. 

Pode parecer um tema um tanto prejulgado pelas pessoas que escutam de primeira, como "um livro sobre fadas e seres encantados" pode ser interessante? Porque eles são, em maioria, muito diferentes do que aparentam ser. Em geral sombrios, misteriosos e cheios de obscuridade. Os "encantados" são colocados nas histórias como criaturas maldosas, cheias de más intensões e interesses próprios, a palavra "fada" ameniza e muito a essência do livro em si, que na realidade, tratam de criaturas cruéis, inumanas. No livro A Bruxa de Ferro, Donna faz parte da "Ordem". A Ordem é composta por alquimistas, e no livro há quatro delas: a do Dragão, do Leão, do Corvo e da Rosa. Donna faz parte da Ordem do Dragão e seu principal foco no livro é conter os movimentos dos Elfos das Trevas, seres encantados que se rebelaram contra os leis do mundo das fadas e foram mandados para o mundo humano. Mesmo sendo denominados elfos, sua aparência é no mínimo, grotesca (essa é outra característica desse tipo de livro, os seres encantados, as vezes, possuem aparência monstruosa), sem contar na capacidade de mudar de forma. 


Donna possui marcas de ferro em ambos os braços e nas mãos, e isso se mostra um tanto conveniente, já
que os seres encantados tem uma forte intolerância à ferro, como um tipo de alergia, um veneno para eles. Ela tem um melhor amigo, Navin, que logo no começo do livro descobre seu segredo, depois de ter seguido Donna à casa do Criador, um alquimista muito poderoso, e ter sido atacado por um dos elfos das trevas, e acaba se envolvendo em toda essa guerra de alquimistas X elfos. Como não poderia faltar, Donna se envolve com um garoto popular que aparenta ser um tanto problemático. O mais incrível é descobrir que o tal garoto, Xan, é um mestiço de encantado com humano. Quando o amigo de Donna é levado pelos elfos, Donna não tem outra alternativa a não ser pedir ajuda a Xan. Xan guia Donna à floresta onde habitavam os elfos, e lá eles fazem um acordo. Donna precisa levar o elixir da vida à Rainha dos elfos e só assim, devolveriam Navin e o Criador, que também havia sido levado.

Enfim, o livro é rápido de ler, a narrativa é rápida e direta. A mocinha do livro não é nem uma menininha bobinha nem uma vadia chata. É alguém realmente diferente dos outros, que possui uma boa história de vida e tem características marcantes. Apesar de faltar personagens secundários, os que tem fazem bem o seu papel... O personagem masculino que faz o par romântico da mocinha, faz o tipo misterioso, meio triste e melancólico, mas que também sabe ser útil. Infelizmente o romance não foi tão desenvolvido ou aprofundado nesse primeiro livro, o que nos dá a entender que no próximo livro, o foco venha a ser esse. Porque, para ser curta e grossa, o romance foi um tanto cru. 

A Temática das fadas é algo emocionante e diverso, tendo várias vertentes a explorar. É uma moda que seria muito bem vinda e na minha opinião, uma ótima opção para quem gosta de diversidade. Vampiros, lobisomens, anjos, bruxos... e por que não, Fadas? Ou Encantados, se o termo não lhe parecer sonoro. 

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